quarta-feira, 4 de junho de 2014

Comitiva visita projeto agroflorestal em Serra da Cruz





Representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Fórum Permanente da Agenda 21, visitaram nesta segunda-feira, dia 2 de Junho, um projeto implantado de Agrofloresta em Serra da Cruz na Serra Macaense. A atividade fez parte da programação da Semana de Meio Ambiente com o objetivo de proporcionar melhor compreensão dos membros destas instituições sobre os bons projetos sustentáveis em andamento no Município.

Segundo o agrônomo João Flores, funcionário da Secretaria Municipal de Agroeconomia, esta nova concepção de plantio visa conciliar a conservação de florestas e a produção agrícola, consorciando numa mesma área diversas culturas agrícolas e árvores nativas, com o objetivo de encontrar um equilíbrio natural que dispensa o uso de defensivos e agrotóxicos, e enriquece o solo.

O sítio Esperança, com 3 alqueires em sua área total, destina 1 ha para o projeto agroflorestal. Seus proprietários, Paulo César de Barcelos e Dona Luci, tocam sozinhos o projeto iniciado em 2009, com o apoio da Secretaria de Agroeconomia. Segundo Flores, é uma das experiências de sucesso, dentre os seis projetos em implantação na área rural em Macaé, a maioria na Bicuda e em Serra da Cruz.

A comitiva que visitou o sítio ficou bastante impressionada com a diversidade de espécies plantadas na propriedade. São Jatobás, Vinháticos, Pau Brasil, Jequitibás, Aroeiras, Jacarandás, Ipês, Acácias, dentre outras plantas nativas da Mata Atlântica, misturadas, com o devido espaçamento, com diversas espécies agrícolas produtivas . São fruteiras como abacate, abacaxi, siriguela, acerola, açaí, ameixa, amora, banana, caqui, caju, coco, nêspera, manga, pitanga, abricó, jabuticaba, laranja, cana, tangerina, jambo, abio, pinha, mamão, grumixama, biribá, uva e goiaba. E mais: mandioca, chuchu, pimenta, oleríferas, guando, feijão, milho, e diversas outras culturas
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Segundo Paulo César, as maiores dificuldades que vem encontrando são os combates às formigas e ao capim braquiara, extremamente agressivo, e a composição do solo degradado ao longo de anos, e que ele vem recuperando gradativamente com a permanente cobertura vegetal que mantém sobre o solo após as rotineiras roçadas no espaço destinado ao projeto.


“Acho o projeto muito bom, e pretendo ser um multiplicador desta experiência aqui na nossa região, deixando um legado para a sustentabilidade”, diz o proprietário. Segundo o organizador da visita, João Flores, outras visitas a outras propriedades serão organizadas com o intuito de valorizar e estimular a implantação de sistemas agroflorestais na área rural macaense.