Representantes do Conselho Municipal
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e do Fórum Permanente da Agenda
21, visitaram nesta segunda-feira, dia 2 de Junho, um projeto implantado de Agrofloresta
em Serra da Cruz na Serra Macaense. A atividade fez parte da programação da
Semana de Meio Ambiente com o objetivo de proporcionar melhor compreensão dos
membros destas instituições sobre os bons projetos sustentáveis em andamento no
Município.
Segundo o agrônomo João Flores,
funcionário da Secretaria Municipal de Agroeconomia, esta nova concepção de
plantio visa conciliar a conservação de florestas e a produção agrícola,
consorciando numa mesma área diversas culturas agrícolas e árvores nativas, com
o objetivo de encontrar um equilíbrio natural que dispensa o uso de defensivos
e agrotóxicos, e enriquece o solo.
O sítio Esperança, com 3 alqueires
em sua área total, destina 1 ha para o projeto agroflorestal. Seus
proprietários, Paulo César de Barcelos e Dona Luci, tocam sozinhos o projeto
iniciado em 2009, com o apoio da Secretaria de Agroeconomia. Segundo Flores, é
uma das experiências de sucesso, dentre os seis projetos em implantação na área rural em Macaé, a maioria na
Bicuda e em Serra da Cruz.
A comitiva que visitou o sítio ficou
bastante impressionada com a diversidade de espécies plantadas na propriedade.
São Jatobás, Vinháticos, Pau Brasil, Jequitibás, Aroeiras, Jacarandás, Ipês,
Acácias, dentre outras plantas nativas da Mata Atlântica, misturadas, com o
devido espaçamento, com diversas espécies agrícolas produtivas . São fruteiras
como abacate, abacaxi, siriguela, acerola, açaí, ameixa, amora, banana, caqui,
caju, coco, nêspera, manga, pitanga, abricó, jabuticaba, laranja, cana, tangerina,
jambo, abio, pinha, mamão, grumixama, biribá, uva e goiaba. E mais: mandioca,
chuchu, pimenta, oleríferas, guando, feijão, milho, e diversas outras culturas
.
Segundo Paulo César, as maiores
dificuldades que vem encontrando são os combates às formigas e ao capim
braquiara, extremamente agressivo, e a composição do solo degradado ao longo de
anos, e que ele vem recuperando gradativamente com a permanente cobertura
vegetal que mantém sobre o solo após as rotineiras roçadas no espaço destinado
ao projeto.
“Acho o projeto muito bom, e
pretendo ser um multiplicador desta experiência aqui na nossa região, deixando
um legado para a sustentabilidade”, diz o proprietário. Segundo o organizador
da visita, João Flores, outras visitas a outras propriedades serão organizadas
com o intuito de valorizar e estimular a implantação de sistemas agroflorestais
na área rural macaense.