quarta-feira, 18 de abril de 2012

A 70 dias da Rio+20, autoridades fazem últimos ajustes para debates

Dilma cobra empenho de organizadores para que Rio+20 seja referência mundial sobre desenvolvimento sustentável.
A 70 dias da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, as autoridades fazem os ajustes finais para a cúpula que promete ser a maior sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde. A finalidade é definir um novo padrão para o setor. Participarão das discussões presidentes da República e primeiros-ministros, especialistas, integrantes da sociedade civil e pesquisadores.
De 13 a 22 de junho, o Rio de Janeiro será a sede mundial das discussões sobre a economia verde, desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza, inclusão social, produção e consumo de recursos naturais. Pelos dados dos organizadores, mais de 90 presidentes e primeiros-ministros confirmaram presença. A expectativa é que mais de 50 mil pessoas participem das discussões.
Os debates na Rio+20 ocorrerão em três momentos distintos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, ocorrerá a 3ª Reunião do Comitê Preparatório. Nesse encontro, técnicos de todos os países estarão reunidos nos comitês preparatórios para elaboração dos esboços dos documentos que serão examinados pelos presidentes e primeiros-ministros.
De 16 a 19 de junho, os integrantes da sociedade civil, como organizações não governamentais e universidades, debaterão temas ligados ao meio ambiente em 18 mesas de discussões. A ideia é buscar alternativas sobre políticas sociais associadas à economia verde e ao desenvolvimento sustentável. As propostas apresentadas durante esses debates serão encaminhadas aos presidentes e primeiros-ministros.
Na última etapa da conferência, de 20 a 22 de junho, ocorrerão as reuniões dos presidentes da República e primeiros-ministros, além dos dirigentes da Organização das Nações Unidas (ONU). As autoridades vão analisar todos os documentos elaborados ao longo da conferência e definir um texto para a declaração final.
As discussões globais são coordenadas pelo subsecretário-geral da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais e secretário-geral da Rio+20, o embaixador chinês Sha Zukang, pelos coordenadores executivos do evento, Elizabeth Thompson (ex-ministra de Energia e Meio Ambiente de Barbados) e Brice Lalonde (ex-ministro do Meio Ambiente da França).
Empenho - A presidente Dilma Rousseff determinou a todos que se empenhem na divulgação e organização da Conferência Rio+20. O assunto é tema principal em todas as discussões de ministros e secretários no Brasil e no exterior. A proposta é transformar o evento em referência mundial na defesa do meio ambiente com desenvolvimento sustentável e inclusão social.
Na semana passada na Índia, Dilma aproveitou a 4ª Cúpula do Brics (grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul) para convidar todos os presentes para a Rio+20. Paralelamente, autoridades que participavam, na Argentina, de uma conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destacaram a necessidade de todos comparecerem ao evento no Rio.  
Os temas centrais da Rio+20 são a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Nas discussões sobre a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, o destaque será a execução de programas sociais de transferência de renda no Brasil. Em seus discursos, Dilma vem destacando que a chamada economia verde deve ser associada ao desenvolvimento sustentável e à erradicação da pobreza.
Para especialistas, a conferência deve confirmar que os resultados dos esforços conjuntos só ocorrerão se houver atividades e programas que atendam às diferentes realidades dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Em relação à estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, os debates devem envolver os principais pilares - econômico, social e ambiental. Nos últimos anos, líderes políticos estimulam as discussões sobre as possibilidades de por em prática programas voltados ao desenvolvimento econômico, ao bem-estar social e à proteção ambiental, organizados de forma conjunta, atendendo às metas do desenvolvimento sustentável.
Nas propostas já apresentadas estão a reforma da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS), cujo objetivo é a execução das metas fixadas há 20 anos, na Rio-92. Também há recomendações para reformas nas instituições ambientais internacionais, pois vários líderes políticos argumentam que é necessário fortalecer o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
A ideia é assegurar propostas que garantam o aumento dos recursos disponíveis ao Pnuma para a implementação de projetos em países em  desenvolvimento. A reforma da estrutura do Pnuma deve considerar o equilíbrio entre as questões sociais, econômicas e ambientais. Políticos, especialistas, organizações não governamentais, integrantes de comunidade indígenas, quilombolas e ribeirinhos, entre outros, estarão presentes.
As discussões da Rio+20 ocorrerão em locais distintos da cidade do Rio de Janeiro. Os políticos se concentrarão no Riocentro, na Barra da Tijuca; especialistas, pesquisadores e a sociedade civil vão se alternar em debates no Aterro do Flamengo, na zona sul da cidade, e no Porto, no centro da capital fluminense.
(Agência Brasil)

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