terça-feira, 24 de abril de 2012

Rio+20: ministros reagem a críticas ao governo

Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, chamou de desinformados os que dizem que tema não receberá atenção merecida.
Um dia após ser bombardeado por críticas de ex-ministros, durante um debate um São Paulo, de que não está levando a sério a discussão sobre meio ambiente na Rio+20, o governo resolveu reagir.
 
A declaração mais forte partiu da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante rodada de conversas com representantes dos estados e municípios, no Palácio do Planalto. Ela chamou de desinformados os que dizem que a questão ambiental não recebe a atenção merecida.
 
"Nós teremos diálogos que vão de pobreza a florestas, passando por cidades sustentáveis, fronteiras energéticas e água. Isso não é meio ambiente? Então vocês me digam o que é meio ambiente. Talvez sejam pessoas que não estão tão bem informadas sobre os assuntos", afirmou a ministra.
 
Na véspera, representantes de vários segmentos da sociedade, encabeçados pelo ex-ministro Rubens Ricupero, entregaram um documento ao governo pedindo que a conferência discuta com seriedade a questão climática.
 
Participante da abertura do mesmo evento, Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, garantiu que a Rio+20 será um sucesso. Segundo ela, todos os principais segmentos da sociedade civil estão sendo ouvidos desde o ano passado. "Será uma conferência em que o Brasil terá um protagonismo, uma participação, uma influência. É algo que a todos nós é colocado como um grande desafio, mas um desafio absolutamente possível".
 
Já o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lembrou que a Rio+20 tratará também de crescimento e inclusão. E enfatizou que, entre as preocupações, estão o financiamento e a transferência de tecnologias para o cumprimento das metas para as próximas décadas. "A economia verde deve ser inclusiva, plenamente inserida no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza", salientou o ministro das Relações Exteriores.
 
Para Patriota, a expectativa é que cerca de 60 mil convidados participem do evento, dos quais mais de cem chefes de Estado. "A Rio+20 não será uma conferência ambiental, mas de desenvolvimento. O Brasil tem papel fundamental a desempenhar, não só como anfitrião, mas sobretudo como um país que continua na vanguarda", afirmou.
(O Globo)

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